quarta-feira, 6 de outubro de 2010

4.º Poema de amor imaginário

"Quero lá saber do que fazes" nuvens
revestiam todas as fendas
criando uma ilusão perfeita
entrei na coelheira comer

beber e conversar até que enfim
eu era exactamente do tamanho do meu reflexo
saindo da cidade à chuva olhos
azuis não suficientemente longe despertei

fora da coelheira este
é o menos imaginário dos poemas de amor
existes toco-te
e é o bastante.  

Paul Evans, in Leituras do Inglês João Ferreira Duarte (trad.), Relógio d'Água, 1993

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