A mão esquerda do dia à meia-noite.
Um bafo quente de 32-20
Sob uma árvore sem mais do que isso
Enforcada na alma de um pedinte.
Isso ou o seu continente
Ou talvez um continente ao seu lado
Era de noite e é tudo verdade:
A vontade de não ficar calado.
Quem pensam que afinou esta guitarra
Senão brilhodelua água de pântano
Bebidos sem saudade nem segredo?
Esta guitarra afinou-a o medo
Do escuro dos sons do silêncio do claro.
O medo mesmo fala e faz lembrar
Cães do inferno com sangue no faro
O medo que faz a noite ladrar.
Sebastião Belfort Cerqueira, O Pequeno Mal, Edições Sempre-em-Pé, 2011.
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