sábado, 17 de dezembro de 2011

Ouvindo na prisão uma cigarra

A terra roda para Oeste a cigarra começa o zagarreio
Memórias profundas suscita neste exílio, o Sul.
Custa-me ouvir esta figura de asa escura
Verrumando, um prisioneiro de cabelo branco.
É difícil subir ela o molhado, pesando neste orvalho
E no vento demais forte a sua voz desaparece.
Nenhuma criatura admite a sua altura e natureza
Quem irá dilucidar o que me vai no coração?

Luo Binwang, in Uma Antologia de Poesia Chinesa, Gil de Carvalho (org., trad.), Assírio & Alvim, 2010 (2ª ed.).

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