terça-feira, 21 de setembro de 2010

Temple Bar

Pelo verão veste roupas
emprestadas, senta-se no empedrado
que abre para o terreiro
da capitania.

A luz aos tropeções deixa
a pedra solta, a lava levemente
verde, olhos perdidos,
boca pronta a buscar
sal do escuro, é ele o archeiro
das neblinas,
vulto de ave, cinza do amanhecer.

Fernando Luís, Sólon, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1987

Sem comentários:

Enviar um comentário