Pelo verão veste roupas
emprestadas, senta-se no empedrado
que abre para o terreiro
da capitania.
A luz aos tropeções deixa
a pedra solta, a lava levemente
verde, olhos perdidos,
boca pronta a buscar
sal do escuro, é ele o archeiro
das neblinas,
vulto de ave, cinza do amanhecer.
Fernando Luís, Sólon, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1987
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