Partir. E voltar.
Sonhar. E não mais sonhar.
E não mais partir.
E verdadeira melancolia, não pelo que aconteceu
mas pelo que nunca chegou a acontecer.
A recordação do que nunca existiu.
Vou acender um charuto
e ainda não, não provo ainda a aguardente,
espero ainda um momento por aquilo que já tenho.
Porque temos o tempo.
Estás dentro de mim como sombra num quarto.
Temos o tempo que passa.
Herman de Coninck, Os Hectares da Memória, Nuno Júdice (rev., tradução colectiva), Quetzal Editores, Mateus, 1994.
Sonhar. E não mais sonhar.
E não mais partir.
E verdadeira melancolia, não pelo que aconteceu
mas pelo que nunca chegou a acontecer.
A recordação do que nunca existiu.
Vou acender um charuto
e ainda não, não provo ainda a aguardente,
espero ainda um momento por aquilo que já tenho.
Porque temos o tempo.
Estás dentro de mim como sombra num quarto.
Temos o tempo que passa.
Herman de Coninck, Os Hectares da Memória, Nuno Júdice (rev., tradução colectiva), Quetzal Editores, Mateus, 1994.
(...)
ResponderEliminarGosto de dividir em dois tudo
no teu corpo, assim como este verão
dividia o mar quando nadava de bruços.
(‘Tarde de Verão, Trocamos palavras e tempo’)