jogam ao suicídio. Por
partes avançam e suspendem
a virtude. Acordam a
flor das dunas que se torna
útil contra a sombra dos
venenos.
Prendem-se a fios de seda, a
cores desviadas da folha de
papiro. Quem são?
E recordam coisas vulgares,
brincos de orelha com
verdadeiras pérolas. Coisas
que são a sua íntima pobreza
e a sua riqueza ferida.
Figuras que lembram
os verdes tanques de Anúbis, o
gosto oblíquo por gregos,
trácios, ilírios. À
boca de cena tudo se
assinala de passagem: aquilo
que se possui através das
diversas partes do verso, a
acalmia da morte que se
ergue pelo nascer do sol
desde a primeira hora do
abandono da casa. Trazem
os nomes inscritos na
tábua dos dias. E, creio
que mais nada.
João Miguel Fernandes Jorge, A Jornada de Cristóvão de Távora: Segunda Parte, Colecção Forma, Editoral Presença, 1986.
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