sábado, 6 de agosto de 2011

Sem nome #4

         pronunciando uma única ocasião e ele a julgar que imensas, a estrangeira loira constantemente a partir, o pingo no sapato
         - Se conseguíssemos adivinhar o que lhe vai na cabeça
         e não conseguiam claro, nunca viram a estrangeira loira nem o afinador e a dúvida sobre se ele os viu ou os criou apenas, nenhuma visita no quarto que o distraísse de si, o pingo no sapato
         - As pessoas hão-de permanecer um mistério
         e mistério nenhum, as pessoas idênticas aos besouros e ás vacas, os besouros queimam-se na lanterna do alpendre e as vacas tremem uma tarde ou duas, tombam tremendo, desistem das tremuras, enterram-se e só então nos espantamos que tão grandes, moem não erva, paciência, a erva um disfarce, tal como me alimento de paciência hoje, se necessitasse de um braço não tinha, de uma perna não havia mas o pulso continuava a empurrá-lo para diante sem que existisse um adiante, existia a parede a cada momento mais próxima e nada atrás dela salvo a avó
         - O que tu emagraceste

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