domingo, 21 de agosto de 2011

André Roubliev

Porque
O vento cobre de imagens os telhados.
O tempo das colheitas
Já passou, vem a morte, André Roubliev
Mordendo os cataventos, espera-nos
Um cavalo
Tão fértil como a chuva sobre os ícones.

Gil de Carvalho, Viagens, Assíro & Alvim, Lisboa, 2008 apud AAVV, Poemas com Cinema, Assírio & Alvim, Lisboa, 2011

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