terça-feira, 30 de agosto de 2011

O triunfo do barroco


ISIS

Tragédie en musique en 5 Actes et un Prologue
Représentée par L'Académie Royale de Musique,
au Mois d'Août 1677.

A ópera barroca no tempo do Rei-Sol. A música é de Jean-Baptiste Lully (1632-1687), italiano tornado francês. Teve uma morte barroquíssima: enquanto dirigia o seu espantoso Te Deum, esmagou um dedo do pé com o bastão, como se pode ver na reconstituição a partir do minuto 2:12 deste vídeo (na altura não se dirigia com batutas maricas, não, que aquilo eram homens a sério). A ferida gangrenou, mas Lully recusou que lhe amputassem a perna. Morreu.

A gravação que aqui prantei é da primeira cena da ópera Ísis, e é interpretada pelo agrupamento "Musica Antiqua Köln", dirigido pelo Reinhard Goebel, e serviu de banda sonora ao filme Le Roi Danse, imperdível para os amantes da estética barroca. O texto, assassinado no vídeo, e que reproduzo na sua versão correcta e com a grafia da época, é do libretista Philippe Quinault (1635-1688).


La renommée
C'est luy dont les Dieux ont fait choix
Pour combler le bonheur de l'Empire François,
En vain pour le troubler, tout s'unit, tout conspire,
C'est en vain que l'Envie a ligué tant de roys.
Heureux l'Empire
Qui suit ses lois!

La Renommée, et sa suite, les Rumeurs et les Bruits.
Publions en tous lieux
Du plus grand des héros la valeur triomphante!
Que la Terre et les cieux
Retentissent du bruit de sa gloire éclatante!

Sem comentários:

Enviar um comentário