Será uma foto de regime , achei engraçado o pormenor do colete e da camisa lavada , parece um cantinho asseado para os meus fantasmas - culpa de o ter lido e ao Solienitsin .
No ano passado quando fiz o transsiberiano , tive oportunidade de assistir a uma transfega de presos numa estação de comboios na Asia central , aí também a realidade não ficou longe da ( minha ) ficção...
O facto de estarem num quarto faz-me pensar que não é encenado. Pensar, S.T., que este homem, foi tirado de frente de um pelotão de fuzilamento no último instante...
Facto é , o Fiodor esteve preso e foi retirado in extremis da frente do pelotão de soldados que o ia fuzilar . Mas isto não retira que o retrato mostre um tratamento de favor por comparação com o regime a que estavam sujeitos os restantes presos de delito comum .
E depois , todas as descrições literárias que o próprio fez da vida institucionalizada não concordam com tanto aprumo , com tanta humanidade que salta do retrato...
Isso de ficar à frente do pelotão de fuzilamento lembrou-me uma personagem do Papillon : um homem jovem com os cabelos todos brancos que no livro vagueava pelos corredores da prisão , tinha-se salvo da guilhotina no último momento . Lembrou-me também os quadros do Goya , tamanha aflição suponho seja mais difícil «d'escrevê-la» , do que pintá-la ou imaginá-la...
Putzzzz...as coisas que tu encontras !!!!
ResponderEliminarSerá uma foto de regime , achei engraçado o pormenor do colete e da camisa lavada , parece um cantinho asseado para os meus fantasmas - culpa de o ter lido e ao Solienitsin .
No ano passado quando fiz o transsiberiano , tive oportunidade de assistir a uma transfega de presos numa estação de comboios na Asia central , aí também a realidade não ficou longe da ( minha ) ficção...
;-)
O facto de estarem num quarto faz-me pensar que não é encenado. Pensar, S.T., que este homem, foi tirado de frente de um pelotão de fuzilamento no último instante...
ResponderEliminarFacto é , o Fiodor esteve preso e foi retirado in extremis da frente do pelotão de soldados que o ia fuzilar . Mas isto não retira que o retrato mostre um tratamento de favor por comparação com o regime a que estavam sujeitos os restantes presos de delito comum .
ResponderEliminarE depois , todas as descrições literárias que o próprio fez da vida institucionalizada não concordam com tanto aprumo , com tanta humanidade que salta do retrato...
ResponderEliminar;-)
Isso de ficar à frente do pelotão de fuzilamento lembrou-me uma personagem do Papillon : um homem jovem com os cabelos todos brancos que no livro vagueava pelos corredores da prisão , tinha-se salvo da guilhotina no último momento . Lembrou-me também os quadros do Goya , tamanha aflição suponho seja mais difícil «d'escrevê-la» , do que pintá-la ou imaginá-la...
ResponderEliminar;-(
Não, ele não teve uma vida nada fácil na Sibéria, isso é certo. Sabe-se.
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