o seu modo repentino
indefeso de sombra
os seus ombros despidos e dentro luz
um modo doloroso
de deixar as mãos circundarem a água
o seu modo estrangeiro
de muralha e cidade
o seu corpo limiar movendo-se
dentro da cadência escurecida da penumbra
a luz nunca veio perto de
coisas que suturei e nunca aprendi
mas agora vejo muito bem
um nome subindo como um arrepio
um gesto de se deixar cair
ao comprido no solo
e nunca acordar inundado de sol
isto aconteceu
o corpo adormeceu na noite
e amanheceu estendido no cerejal
de tudo o mais doloroso de
aprender é a velocidade
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