quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Dioniso, "Periegesis", vv. 707-12, 15-17

Era sem espinhas que te descrevia mais este mar,
mesmo se não vi de longe os seus caminhos, se nunca o atravessei
de barco; porque não é em barcos escuros que ganho a vida,
tão pouco era essa a profissão que tinha o meu pai, e nunca me dei
ao trabalho de ir até ao Ganges, atravessando o Mar Vermelho,
como fazem muitos, a troco de desprezar a própria vida, ...
A mim o que me move é questão de cosa mentale
inspirada por Musas, elas que podem
fazer a travessia de muito mar sem ter de fazer a viagem,
e de montanhas e do continente e do caminho dos corpos celestes...


ῥεῖα δέ τοι κἂν τήνδε καταγράψαιμι θάλασσαν,
οὐ μὲν ἰδὼν ἀπάνευθε πόρους, οὐ νηῒ περήσας·
οὐ γάρ μοι βίος ἐστὶ μελαινάων ἐπὶ νηῶν,
οὐδέ μοι ἐμπορίη πατρώϊος, οὐδ’ ἐπὶ Γάγγην
ἔρχομαι, οἷά περ ἄλλοι, Ἐρυθραίου διὰ πόντου,
ψυχῆς οὐκ ἀλέγοντες ...
ἀλλά με Μουσάων φορέει νόος, αἵτε δύνανται
νόσφιν ἀλημοσύνης πολλὴν ἅλα μετρήσασθαι
οὔρεά τ’ ἤπειρόν τε καὶ αἰθερίων ὁδὸν ἄστρων.

Tradução minha, livre.

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