terça-feira, 22 de maio de 2012

Sê como as crianças


Sonhos que cachoam no teu fundo,
liberta-os da escuridão.
São como fontes, e caem
mais claros em pausas de canções
de novo no regaço das taças

E agora sei: sê como as crianças.
Toda a angústia é só começo;
mas a terra não tem fim,
e o medo é só o gesto,
e saudade o seu sentido.

Rainer Maria Rilke, Alba Poética (Frühe Gedichte) in Poemas, As Elegias de Duíno, Sonetos a Orfeu. Trad. Paulo Quintela, Asa Editores, 2003.

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