um tempo rente
quando as mãos se alongam deslocadas
no córrego da luz e os dedos tocam
o imparável refluir dos horizontes
e as vozes tentam assomar
por sobre o levantar das vagas
flexão de dorsos e o alastro de
manchas brancas em uma pele azul
esteira de veias deslaçadas ao ímpeto
daquele querer cercado, daquele
poder sem outro por que
assim se vergue;
e repetido
no terraço, à tarde
um tanto clamor se enlaça um ser-passado
por entre a humidade ácida,
a oxidação dos ossos
foram mãos espalmadas contra a luz
passos sem peso e sem sandálias
no terraço, tempo óxido e ido
delido país - por entre camarinhas,
carreiro de sapos que a noite dava
à contemplação
Maria Andresen de Sousa, Lugares, Relógio d'Água, 2001
...ainda zigue-zagueando os olhinhos naqueles teus campos de ténis, porém descalça...
ResponderEliminarbeijo.
;)
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