Das minhas palavras leva
O que quiseres e leva o dever do fogo
O seu girar plantado dentro da esfera
E leva a maneira de olhar branca do fogo
Do fogo leva o que baste para tudo arder
Que é apenas a medida da palavra
E leva o que de melhor está sepultado
Dentro do mármore da palavra:
O perfil espartano que na noite das Termópilas espera
Que da escuridão mais próxima
O encontre e lhe esquadrinhe o rosto
O outro o persa Artafrenes ou Ataxerxes
Vindo de Susos ou Ecbátana não importa
E o grego enquanto espera treme e morde o grito
E o outro do outro lado da treva treme de corpo abandonado
Em terra estranha e sem leme
Tocam ambos o perfil do medo
Pois que em terra grega as palavras e os homens
Fazem o que há a fazer fora do fogo:
Morrer no fim
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