No mês de Julho o meu pai partia para águas e deixava-nos, à minha mãe, ao meu irmão mais velho e a mim, entregues aos dias de Verão de uma brancura de fogo, que inebriavam. Tontos de luz folheávamos o grande livro das férias que em todas as folhas cintilava de sol e conservava no mais fundo de si mesmo, com uma doçura que atingia o êxtase, a polpa das pêras douradas.
Bruno Schulz, As Lojas de Canela, Assírio & Alvim, 1987.
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