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segunda-feira, 14 de novembro de 2011
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Anos 70

Época em que os franceses realizaram thrillers em que entrava Alain Delon com melancólico bigode. (Apesar do melancólico bigode, Alain Delon continuava a vencer o prémio de mancebo-mais-bem-parecido-de-gabardina-bege, que primeiro conquistou em 1967, no Le Samourai.)
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
"Le Samouraï", de Jean-Pierre Melville, 1967

Este filme tem uma fotografia mesmo bonita. Tudo o resto parece ser colateral à imagem, mas não deixa de ser um bom filme, uma espécie de pequeno conto: a história de um assassino que conhecesse muito bem uma cidade e tivesse o estranho hábito de, no meio da sua solidão, manter um pássaro numa gaiola. Até que percebemos que o pássaro é uma prefiguração de si próprio.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Uma imagem de «La Prima Notte di Quiete» de Valerio Zurlini, 1972

Diz-lhe ela: «espera por mim». Ou talvez lhe diga: «vai-te embora, não me procures mais». Lembro-me que este é um filme triste. Ele morre no fim, quando conseguiu reunir tudo o que o podia fazer feliz. Hesita. Volta atrás. Não desiste. Precisa apenas de algum tempo para voltar atrás, mas não tinha desistido. É muito evidente desde o princípio que ele vai morrer no fim.
O filme passa-se em Rimini. Ele tem qualquer coisa de Paolo Malatesta, ela de Francesca da Rimini, ainda que Zurlini identifique a história com uma obra de Stendhal, Vanina Vanini. E, de facto, a personagem de Alain Delon tem qualquer coisa de Pietro Missirilli.
Há uma frase memorável neste filme. Alain Delon faz de professor de literatura. Há uma cena em que ele diz «eu estou aqui para vos mostrar a beleza de um verso de Petrarca, o resto não me interessa». Acho que esta frase explica o que um professor de literatura deve ser.
Todo o filme é muito sobre literatura, mas de uma forma indirecta. Quer isto dizer que, tendo em contas as alusões literárias explícitas que incorpora, o filme deveria ser muito dependente do mundo de alusões literárias em que se movimenta, nomeadamente aquelas que o relacionam com Stendhal (e Dante?), mas nunca se perde de vista que este é um filme sobre emoções, sobre desejo e expiação e sobre uma busca de felicidade destinada a falhar, que está para lá da literatura e se converte numa poderosa imitação de vida, sustentada pelas interpretações de Delon e Petrovna.
Por vezes pergunto-me se este não será o meu filme favorito de Zurlini.
O filme passa-se em Rimini. Ele tem qualquer coisa de Paolo Malatesta, ela de Francesca da Rimini, ainda que Zurlini identifique a história com uma obra de Stendhal, Vanina Vanini. E, de facto, a personagem de Alain Delon tem qualquer coisa de Pietro Missirilli.
Há uma frase memorável neste filme. Alain Delon faz de professor de literatura. Há uma cena em que ele diz «eu estou aqui para vos mostrar a beleza de um verso de Petrarca, o resto não me interessa». Acho que esta frase explica o que um professor de literatura deve ser.
Todo o filme é muito sobre literatura, mas de uma forma indirecta. Quer isto dizer que, tendo em contas as alusões literárias explícitas que incorpora, o filme deveria ser muito dependente do mundo de alusões literárias em que se movimenta, nomeadamente aquelas que o relacionam com Stendhal (e Dante?), mas nunca se perde de vista que este é um filme sobre emoções, sobre desejo e expiação e sobre uma busca de felicidade destinada a falhar, que está para lá da literatura e se converte numa poderosa imitação de vida, sustentada pelas interpretações de Delon e Petrovna.
Por vezes pergunto-me se este não será o meu filme favorito de Zurlini.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
«O Idiota», de Visconti

Se alguma vez se perguntaram como seria se Visconti tivesse filmado O Idiota de Dostoievsky, em minha opinião esse filme chama-se Rocco i Suoi Fratelli e estreou em 1960. Alain Delon faz de Rocco (digamos, Mishkin), Annie Girardot de Nadia (aqui creio que há deliberadamente uma intenção de Visconti de identificar as duas personagens, uma vez que Nadia é diminutivo de Natacha e as personagens partilham inúmeros traços) e Renato Salvatori interpreta Simone (no fundo Rogójin). Está na minha lista de filmes favoritos-de-todos-os-tempos.
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