terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Que intenso é o rumor da madrugada!
Mais feito de coisas do que de pessoas.
Procede-o por vezes um assobio ligeiro,
uma voz que alegre desafia o dia.
Mas depois na cidade tudo está submerso.
E a minha estrela é aquela estrela baça
minha morte lenta sem desespero.

Sandro Penna, No Brando Rumor da Vida, Maria Jorge Villar de Figueiredo (trad.), Assírio & Alvim, 2003

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